quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Eleição de António Neves Pedro

Parte II – Alberto Batista, Presidente

No meu discurso no dia em que Alberto Batista sucedeu a Adriano Filipe, levado pela sua mão, disse que, o confronto (eleitoral) tinha acabado naquele momento. Libertei todos aqueles que me acompanharam, tendo até pedido a alguns que continuassem a servir o Sintrense.

Apesar de acreditar que tal solução não iria ter sucesso, era altura de deixar fazer.

Com as alterações introduzidas na equipa de futebol a meu pedido, com a colaboração pronta dos Srs. José Manuel Patrão e Filipe Lopes, tudo correu bem nessa matéria. Pena foi a dada altura pensar-se em subir de divisão. Poder-se-ia preparar melhor a época seguinte, rodando jogadores, descobrir novos talentos, pensar-se com os pés bem assentes na realidade. Como já referi na crónica anterior, o Sintrense acabou por ficar em 7º lugar no final da época, num total de 18 clubes.

Os problema directivos começaram cedo na vigência de AB. O facto de chegar ao poder com os cofres vazios, sem apoio da Câmara (pois tinha entregue a Adriano Filipe 100.000,00 euros dias antes da sua saída) foi motivo para discórdias. Relembro que os directores eram praticamente os mesmos da equipa de Adriano. Numa Assembleia-geral muito emotiva, Batista chegou a dizer que não sabia do paradeiro de 50.000,00 euros.

Tudo foi atenuado até perto da grande festa em honra de Adriano Filipe (20 de Abril), organizado por este (apoio logístico), em nome do Sintrense.

Quedas em massa em 20 de Março de 2006, Carlos Graça, Tesoureiro, Luís Oliveira, Tesoureiro-adjunto e Carlos Marques demitiram-se. As eleições tinham-se realizado em 20 de Janeiro do mesmo ano (dois meses).

Uma Assembleia-geral (em Abril) para poder reforçar o elenco directivo dissecou as demissões colocando Marco Rodrigues como Tesoureiro e José Rilhas como Director.

Foi então dado inicio à preparação da nova época de 2006/2007. Um orçamento dispendioso a avaliar pela comunicação social sem grandes compromissos. Era para manter a equipa na III Divisão. O orçamento contido de Adriano Filipe na época anterior foi substituído por um altamente oneroso. O que mais me surpreendeu foi o aumento em 50% dos técnicos da equipa sénior.

A época desportiva não começou da melhor maneira. Estávamos a perder muito pontos.

Com a temporada a decorrer, Filipe Lopes, Vice-presidente para o Futebol sénior demite-se provocando a demissão de AB e seus pares (8 de Outubro de 2006).

Como positivo, com Alberto Batista teve inicio as escolinha de formação no clube.

Durante esse tempo, nunca me ouviram falar ou comentar a gestão de AB. Nunca ajudei, nunca fui solicitado, mas também não contribui para a sua queda. Lembro-me de ter almoçar com Adriano Filipe, solidário, contra o alegado desaparecimento dos 50.000 euros, mas sem nunca referir algo contra quem quer que seja.

António Félix nunca chegou a tomar posse.

A amortização do empréstimo à CCA não foi feita em Agosto.

As eleições seriam realizadas em 9 de Novembro de 2006.


Continua…

António Neves Pedro